Os bons gestores compreendem que mudanças na prática docente não podem ser impostas, porque nem o professor, nem ninguém, muda a forma de pensar por decreto - e, sem mudanças no pensar, o agir permanece inalterado. Somente quando os gestores se dão conta dessa realidade é que eles começam a se transformar em mestres da mudança. Mestre no sentido de ter maestria, isto é, domínio sobre as leis que regem as transformações em educação. Chamamos de leis porque, embora os processos de mudanças educacionais sejam complexos, não-lineares, diferentes entre si, é possível detectar neles alguns aspectos previsíveis, o que possibilita que sejam administrados.
Esses aspectos foram uma descoberta de pesquisadores que estudaram as reformas educativas implementadas no mundo inteiro a partir da década de 1980. Entre eles, destaca-se o canadense Michael Fullan, que formulou o princípio básico de é impossível obrigar-se a fazer aquilo que realmente importa. Se princípios como esse não são levados em conta, as inovações introduzidas na escola, tanto por ministérios ou secretarias de educação quanto pelas próprias equipes gestoras, não vão funcionar, não vão conseguir melhorar o processo ensino-aprendizagem.
Fonte: Um guia para gestores escolares - Mestres da Mudança - Liderar escolas com a cabeça e o coração. Organização CECIP, POA, Artmed, 2006 - ISBN 978-85-363-0685-8
Madza Ednir, Claudia ceccon, Claudis Ceccon (ilustrações) e outros.
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